A Última Estação

Posted: 29 de set. de 2010 by leo in Marcadores:
11


Após quase 50 anos de casamento,a Condessa Sofia,esposa,musa e colaboradora de Leo Tolstoi,vê seu mundo de cabeça pra baixo depois que descobre que seu marido resolve mudar drasticamente de comportamento por conta da religião que criou,abolindo o título de nobreza,as suas propriedades e de sua família,em favor da pobreza,do vegetarianismo e do celibato.
Sofia se sente ainda mais ofendida quando descobre que sua desavença e pupilo de Tolstoi,o influenciou pra mudança de testamento,segundo o documento,os direitos autorais de suas obras iriam passar para o povo russo.

Filmes britânicos sempre me animam pra os assistir e com esse realmente não foi diferente,ainda mais com um elenco tão bom,mas infelizmente nem todos executam bem o seu trabalho nesse filme.
A Última Estação tem uma ótima proposta que consegue nos fazer esquecer de que ali aconteceu uma história baseada em fatos reais,as complicações amorosas,de como é bom conviver com a pessoa que ama mas ao mesmo tempo é extremamente complicado,seria ótimo se o filme se manteve exclusivamente nessa linha,mas pena que descamba muito rapidamente para o lado dos direitos autorais que acaba nos confundindo sobre qual é o principal foco do filme.

A direção de Michael Hoffman tenta se sobressair e até acho que fez mais do que podia com o fraco roteiro,as cenas mais longas do filme eram filmada com firmeza e simplicidade e ainda ajudado com o simples,mas notório trabalho de fotografia de Sebastian Edschmid reforçava ainda mais que a direção não era algo a se desprezar.
As atuações são facilmente a maior qualidade que o filme tem a oferecer,Christopher Plummer atua com a simpatia habitual que mereceu a indicação ao Oscar (se bem que a categoria nesse ano tava tão crítica que acredito que até poderia ser indicado),James McAvoy é obviamente ofuscado e porque não sabotado pelo roteiro,primeiramente ofuscado pelos ótimos nomes no elenco e sabotado pelo fato que no fim do filme,o importante personagem que tem parece não ter tido a mínima importância no filme,infelizmente.Já Helen Mirren faz totalmente jus a indicação ao Oscar,forte e exagerada na medida certa,sem cair em exageros (no sentido ruim da palavra) que certos atores caem quando atuam pessoas desequilibradas.

Por fim A Última Estação é um filme que vale somente pelas ótimas atuações do elenco e principalmente a novamente impecável em cena Helen Mirren,porque fora isso não tem nada demais a oferecer.


Nota:6/10

Sinopse Retirada do site CinePop

A Última Estação (The Last Station,2009)
Diretor:Michael Hoffman
Roteiro:Michael Hoffman
Elenco:Helen Mirren,Christopher Plummer,Paul Giamatti,James McAvoy,John Sessions,Patrick Kennedy,Kerry Condon,Anne Marie Duff

The Good Wife 1°Temporada

Posted: 26 de set. de 2010 by leo in Marcadores:
8


A Fall Season é o período em que todos os fãs de séries mais se vêem ansiosos pela volta de suas séries preferidas e as estréias de novas produções,mas na fall season de todos os anos tem aquelas séries descartáveis,mas a do ano passado foi infinitamente diferente.Tivemos as estréias da melhor comédia da atualidade Modern Family,Glee que é diferente e divide opiniões,as engraçadíssimas The Middle e Community e as extremamente guilty pleasures Cougar Town e Melrose Place,mas nada bate o que foi a maestria da 1°temporada de The Good Wife.
A temporada se referia tentativa de Alicia Florrick de reconstruir a sua vida e a reputação após que seu marido Peter Florrick que foi pego desviando verba política e envolvido num escândalo sexual e pra tentar se recompor após o baque,Alicia volta a exercer a sua profissão de advogada e entra como advogada júnior na Stern,Lockhart & Gardner.
Muitos o consideram a série como um somente um bom drama jurídico,e acho que vai muito além disso,passando por diversos tipo de dramas como investigativo,político e familiar e preenchendo perfeitamente todos os requesitos de cada gênero.
Outro assunto bastante importante que The Good Wife toca é a crise econômica que atingiu com força os Estados Unidos,mostrando perfeitamente os cortes de custo que Stern,Lockhart e Gardner precisa fazer pra se manter de pé (tendo até que se desfazer de um dos seus sócios mais importantes).
O elenco da série é repleto de atores renomados e quando esses atores fazem jus a toda reputação que tem é sempre ótimo de se assistir,Julianne Margulies é única como Alicia Florrick,minuciosa e decisiva,chega ao ponto de assistirmos a performance de Julianne e não ver absolutamente mais ninguém fazendo a personagem.E como Julianne tem uma performance tão boa na série precisaríamos de no mínimo bons coadjuvantes,mas no caso todos são bons coadjuvantes.
Josh Charles faz muitíssimo bem o chefe e o interesse afetivo que Alicia precisa,Chris Noth está incrível em cena como Peter,Matt Czuchry que entra na série como um simples coadjuvante,nos momentos finais de seu personagem vemos um crescimento (tanto no desenvolver do personagem quanto na fortíssima atuação de Matt) absurdo e que aparece como o melhor gancho pra 2°temporada,já a indicada e a vencedora do Emmy,Christine Baranski e Archie Panjabi fazem totalmente justiça a indicação e ao prêmio,quando se tem Baranski é sempre bom esperar algo acima da média e Panjabi foi uma incrível surpresa e a personagem sempre aparece com uma personagem importantíssima e sem contar na imparcialidade que Archie transparece muito bem em cena.E o que falar de seus atores convidados Alan Cumming impagável (que numa ótima escolha resolveram fixar o personagem na série),Martha Plimpton como sempre incrível em cena e atuando da forma que gosto de ver,numa personagem irônica,Dylan Baker abusando da insanidade do personagem.

Por fim The Good Wife é uma série obrigatória para os fãs de diversos tipos de drama e claro de atuações de primeiríssima qualidade,série bem escrita,bem dirigida e bem produzida,recomendo demais.


Nota:9.5/10

Melhores Episódio:são muitos Pilot,Fixed,Conjugal,Unprepared,Threesome,Infamy,Bad,Hi,Bang,Fleas,Heart
,Doubt,Boom,Mock,Unplugged,Hybristophilia,Running ...UFA

Direito de Amar

Posted: 21 de set. de 2010 by leo in Marcadores:
9


George é um professor de inglês,que repentinamente perde seu companheiro de 16 anos.Sentindo-se perdido e sem conseguir levar adiente sua vida,ele resolve se matar.Para tanto passa a planejar cada passo do suicídio,mas neste processo alguns pequenos momentos lhe mostram que a vida ainda pode valer a pena.

Direito de Amar (tradução cretiníssima para A Single Man) é um filme com uma mistura de fatores que o tornavam mais interessante pra assistí-lo,o altamente criativo e novato (ao menos no cinema) Tom Ford na direção,a absurdamente diva Julianne Moore e a tristeza profunda pela perda de um amor.Criei altas expectativas sobre tudo que envolvia o filme e é difícil descrever a sensação de quando tal filme ultrapassa as suas expectativas.
Como já disse o filme se trata sobre a tristeza que George após a morte do companheiro e é com essa aparentemente simples premissa vemos um dos filmes mais sensíveis e mais bonitos feito com o tema.O roteiro de Tom Ford e David Scearse é simples e de uma sensibilidade tremenda,e ao somente acompanhar o dia a dia de George percebemos a grande necessidade de uma saída para o seu sofrimento imediatamente e é interessante e juntamente triste,como é doloroso viver pra George.
Pra um iniciante Tom Ford impressiona,a segurança e a precisão que nos passa é realmente incrível,outra alternativa interessantíssima que Ford tem durante o filme são suas cores bem extravagantes,mesmo que tudo pareça meio fosco,meio cinza e exatamente em momentos de pequenas doses de felicidade,tudo se colore e a idéia de que ainda há esperança em sua vida se reforça.

Se o filme é dirigido e roteirizado pelo estilista Tom Ford,a parte técnica devia ser no mínimo espetacular e em certos momentos,a parte técnica é extraordinária,os figurinos são impecáveis,a sofisticação e o tamanho da casa de George,só nos reforça a idéia de quão ele é solitário por tamanha é a casa,outro ganho do filme.A edição de Joan Sobel acompanha o ótimo ritmo que o filme tem,a não nos permite nos confundirmos com alguns flashs que o filme possui.
Mas poucas coisas nesse filme consegue nos impressionar tanto quanto a trilha sonora irretocável de Abel Korzeniowski que capta perfeitamente a atmosfera melancólica que o filme possui,e após assistir o filme,ouvir a trilha sonora é arrepiante ouvir composições decisivas do filme (And Just Like That que o diga).
Que George é um personagem forte e que precisaria de uma altíssima carga dramática todos sabíamos,mas Colin Firth vai além,Firth tem o poder de nos encantar e vibrarmos por todos os passos,positivos ou negativos de sua vida.É impossível ficar imparcial e não torcer pelo rumo da vida de George e Colin Firth nos apresenta a melhor atuação do ano.Mas felizmente o filme não é só Firth,num filme onde se tem Julianne Moore é impossível não ficar encantado,nesse filme Ford usou todos os seus atributos,a beleza excessiva e a dramaticidade aguda que a atriz tem sobre ela e em somente uma cena me agrada demasiadamente.Já o talentoso Nicholas Hoult consegue se sobresair num poderoso (e curto) elenco,mesmo que atue somente com Firth,consegue ter o seu espaço no filme.

Por fim Direito de Amar é facilmente um dos melhores filmes do ano,profundidade absurda,belíssimas cenas e um monólogo inicial de nos arrepiar,o filme se mostra um dos mais subestimados que já vi,recomendo muitíssimo.


Nota:10/10

Sinopse Retirada do site Adoro Cinema


Direito de Amar (A Single Man,2009)
Diretor:Tom Ford
Roteiro:Tom Ford & David Scearse
Elenco:Colin Firth,Julianne Moore,Nicholas Hoult,Matthew Goode,Jon Kortajarena

O Escritor Fantasma

Posted: 16 de set. de 2010 by leo in Marcadores:
8


Quando um escritor fantasma britânico de sucesso concorda em completar as memórias do ex-primeiro ministro britânico Adam Lang,seu agente lhe assegura que é a oportunidade de uma vida.Mas o projeto parece condenado desde o início,até porque seu antecessor no trabalho morreu em um infeliz acidente.Em um mundo em que nada e ninguém é o que parece ser,o escritor fantasma logo descobre que o passado pode ser fatal e que a história é decidida por quem permanece vivo para escrevê-la.


Eu sou o tipo de pessoa que me encho de orgulho ao dizer que acompanho de perto carreiras brilhantes de certos diretores (tipo Paul Thomas Anderson,Stephen Daldry,Sam Mendes que desde o início de suas carreiras nunca erraram em seus filmes),mas entre diretores que na minha opinião se mantêm intactos,sem nenhum filme abaixo da média Roman Polanski é um dos recordistas.
O roteiro de O Escritor Fantasma transborda brilhantismo tanto nos diálogos,como em todo o clímax sempre tenso que o filme tem,mas se certas cenas do filme são tão tensas toda a culpa é da direção irretocável de Roman Polanski,que parece não cansar de ser genial,os longos planos são impecáveis (a cena em que o bilhete passa de mão em mão é fora do normal) e novamente Polanski entrega uma direção espetacular.

O filme mesmo sendo num ambiente totalmente atual é notável perceber os belíssimos atributos técnicos que o filme possui,a direção de arte que usa de forma perfeita a questão de Polanski adorar usar lugares fechados em seus filmes pra transparecer a típica sensação claustrofóbica,o cenário do escritório do escritor fantasma além de ser belo é inteligente,porque mesmo num espaço totalmente aberta é possível se manter sufocado mesmo que tudo aquilo seja só uma bela visão.
O sofisticado figurino feito por Dinah Collin sempre negro dos personagens afirma mais a seriedade que todos os personagens querem transparecer,sem contar na trilha sonora incrível do sempre ótimo Alexandre Desplat,tudo isso acompanhando perfeitamente a sensação do filme,sempre muito tenso.

Nos filme de Polanski costuma sempre ter aquelas atuações espetaculares,mas essas atuações costumam ser de seus protagonistas,mas em O Escritor Fantasma a coisa funciona diferente.Olivia Williams facilmente consegue ofuscar qualquer um que tente atuar a sua altura,a sua personagem é forte,irritante e durante todo o filme é uma incógnita e tanto,mas a cada cena sua nos surpreendemos com tamanha genialidade de sua atuação.Os outros aparecem como meros coadjuvantes (até mesmo o protagonista),Ewan McCregor faz o que costuma fazer (de longe um elogio) mas como já disse é prejudicado por muitas das vezes atuar com Williams,até Pierce Brosnan consegue me agradar em sua atuação de um momento só,mas em termos de coadjuvante de luxo o sempre impecável Tom Wilkinson em somente uma cena consegue dizer ao que veio,e seu personagem é outro grande mistério durante o filme.

Por fim O Escritor Fantasma é um suspense político delicioso,com um final que acumula tantos adjetivos que é simplesmente impossível numerar,recomendo concerteza.


Sinopse Retirada do site Cine Players

Nota:10/10

O Escritor Fantasma (The Ghost Writer,2010)
Diretor:Roman Polanski
Roteiro:Roman Polanski & Robert Harris
Elenco:Ewan McCregor,Pierce Brosnan,Olivia Williams,Kim Catrall,Tom Wilkinson

O Mundo Imaginário do Dr.Parnassus

Posted: 11 de set. de 2010 by leo in Marcadores:
9


Na Inglaterra dos dias atuais,o imortal e milenar Dr.Parnassus,que comanda a companhia teatral "Imaginarium" formada por um mágico de cartas,Anton e o anão,Percy,oferece ao público um espetáculo irresistível através de um espelho mágico,um artefato que dá ao usuário a chance única de viajar para um mundo fantástico e desconhecido,no qual é possível controlar a imaginação alheia.O poder que o Dr. hoje possui lhe fora concedido em tempos remotos através de um pacto com o diabo.Agora que o aniversário de dezesseis anos de sua filha Valentina está próximo,o diabo volta para receber o seu pagamento:a alma da jovem.Para não perder a amada filha,Parnassus negocia um novo pacto através de uma aposta:Valentina será daquele que conseguir seduzir cinco almas primeiro,e é aí que encontram o jovem Tony,pendurado num cabo em uma ponte em Londres.Depois de salvo o vigarista com sérios problemas com a máfia russa,excelente contador de histórias e cafajeste sedutor,coberto por uma aura misteriosa,se junta ao grupo e embarca numa viagem por um mundo paralelo.


O Mundo Imaginário de Dr.Parnassus aguça a curiosidade de qualquer pessoa,que goste de cinema ou que goste de Heath Ledger somente,por ter sido o último filme de sua breve e ótima carreira.A pergunta que ficou na cabeça de todos era se o diretor Terry Gilliam iria prencher o buraco que Ledger tinha deixado,já que na sexta semana de gravação do filme Ledger,tinha sido encontrado morto num quarto de hotel.
Mas antes de levantar a questão do diretor e o desfalque de Ledger,é simplesmente impossível ignorar a belíssima parte técnica do filme que conta com uma extravagante e lindíssima direção de arte,os ótimos figurinos de Monique Prudhomme que captam bem o clima fantasioso e o bom uso das cores no filme,sem contar com a boa trilha sonora de Jeff e Michael Danna e a tímida fotografia de Nicola Pecorini.
Voltando ao assunto,após a morte de Ledger,o roteiro de Terry Gilliam e Charles McKweon devia se virar e contnuar sua filmagem sem Ledger e pra falar a verdade,idéia mais brilhante que aquela acho impossível,com a situação que se passava no filme,nada melhor fazer o que fizeram (nas cenas em que Ledger entrava no espelho mudava-se os atores),mas infelizmente o roteiro contém falhas e a mais importante é a rapidez que os fatos tomam rumos na parte final do filme.

A direção de Gilliam é inventiva e bem sucedida,mas após uma certa parte do filme o ritmo cai bastante (mas concerteza são erros perdoáveis,provavelmente ficou um péssimo clima após o acontecido).As atuações dos novatos são muitíssimos eficientes Lily Cole,surpreende por ser seu primeiro filme,Andrew Garfield aparece ótimo,más é evidentemente prejudicado por tamanha competência dos companheiros de elenco,Christopher Plummer está incrível como Dr.Parnassus,numa emotiva e belíssima atuação e Heath Ledger fechou a carreira de maneira incrível,,atuando com muita sagacidade o esperto Tony,usando perfeitamente o tom irônico e meio insano que o personagem precisava.Já sobre os outros atores acompanham muito bem o ritmo de Ledger e destaco Colin Ferrell que deu um digno desfecho ao personagem.

Por fim O Mundo Imaginário de Dr.Parnassus vai além de uma fantasia,passando por um drama familiar e um filme sobre qual será a melhor escolha,um bom filme que recomendo.


Sinopse Retirada descaradamente do site Wikipedia

Nota:7.5/10

O Mundo Imaginário de Dr.Parnassus (The Imaginarium Dr.Parnassus,2009)
Diretor:Terry Gilliam
Roteiro:Terry Gilliam & Charles McKweon
Elenco:Andrew Garfield,Christopher Plummer,Lily Cole,Verne Troyer,Heath Ledger,Tom Waitz,Heath Ledger,Johnny Depp,Jude Law,Colin Farrell

Um Olhar do Paraíso

Posted: 6 de set. de 2010 by leo in Marcadores:
11


6 de dezembro.Norristown,Pensilvânia.Subúrbio da Filadélfia.Susie Salmon está voltando para casa quando é abordada por George Harvey,um vizinho que mora sozinho.George a convence a entrar em um retiro por ele construído.Lá dentro,Susie é assassinada.Os pais de Susie,Jack e Abigail,inicialmente se recusam a acreditar na morte da filha,mas precisam aceitar a situação quando seu gorro é encontrado em meio a um milharal,junto a destroços do retiro que está repleto de sangue.Com o tempo Jack e Lindsey,irmã de Susie,passam a desconfiar de George.Toda esta situação é observada por Susie,que agora está em um local entre o paraíso e o inferno.Lá ela precisa lidar com o sentimento de vingança que nutre em relação a George e a vontade de ajudar sua família a superar a trauma de sua morte.


Que eu nunca fui fã de Peter Jackson não é surpresa pra ninguém,e com esse filme,minha indiferença com as obras de Jackson continuam sem a mínima empolgação.
Um Olhar do Paraíso é adaptação da obra de Alice Sebold "The Lovely Bones",que alguns dizem ser ótimos e outros dizem ser exatamente igual ao filme,ou seja,bem ruim.
O roteiro é desinteressante,inconsistente e defende uma das esquisitíssima teoria sobre a morte de Susie,ela foi estuprada e assassina e agora sim eu começo a me divertir (sim,eu sei que não fui original),sem contar a quantidade de clichês que o roteiro possui.
Mas claro é impossível ignorar as qualidades técnicas do filme,como a lindíssima fotografia de Andrew Lesnie e o ótimo uso de cores pra compor o clima fantasioso que o filme tem,sem contar com a eficiente edição de Jabez Olssen.E ainda criticando que trilha sonora dolorosa é aquela,não costumo criticar quanto uma trilha sonora não me interessa,mas é simplesmente impossível ignorar aquela musica dos créditos finais,puro terror.

O elenco é todo movido ao desperdício,começando claro pela Susan Sarandon que está ali pra ser o alívio cômico (aliás pra que alívio cômico se o filme é uma piada por si só),o talento de Mark Whalberg e Rachel Weisz são desperdiçados,mas devo ressaltar que bem usados quando necessário.
Stanley Tucci justo quando não merece é indicado ao Oscar e isso não quer dizer que a atuação foi ruim (se fosse por Julie & Julia seria muito mais compreensível) e Saoirse Ronan me irrita boa parte do tempo,mas em seus momentos finais,a menina usa todo o seu talento que conhecemos.

Por fim o filme tinha todas as chances de ser um interessantíssimo retrato sobre a recuperação após a morte de um ente querido,mas não desperdiça todo um plot interessante pra mergulhar num monte de clichês horrendos,e nunca vi um desfecho pra assassino mais horror que aquilo.


Sinopse retirada do Adoro Cinema

Nota:3.5/10

Um Olhar do Paraíso (The Lovely Bones,2009)
Diretor:Peter Jackson
Roteiro:Fran Walsh,Phillipa Boyens & Peter Jackson
Elenco:Saoirse Ronan,Stanley Tucci,Mark Whalberg,Rachel Weisz,Susan Sarandon,Michael Imperioli,Rose McIver

Por Uma Vida Melhor

Posted: 1 de set. de 2010 by leo in Marcadores:
7


Burt Farlander e Verona DeTessant são um casal apaixonado de Denver,vivendo a experiência de esperar o primeiro filho.Aos seis meses de gravidez,eles são surpreendidos por uma má notícia,os pais de Burt,Jerry e Gloria estão deixando o país para passar dois anos na Bélgica.Como os pais de Verona já são falecidos,o casal se vê frustrado na expectativa de compartilhar com a família,as habilidades paternas e garantir um ambiente familiar ao bêbê.Fixados na idéia de dividir sua experiência com pessoas que amam,eles decidem viajar pelos Estados Unidos e Canadá para rever outros parentes e velhos amigos e encontrar o lugar perfeito para começar uma família.


Quando assisti ao trailer de Por Uma Vida Melhor,fiquei de fato curioso,elenco interessante,Sam Mendes e um assunto bem diferente que Mendes iria tocar e quando assisti ao trailer as expectativas eram altas,quando assisti ao filme as expectativas foram devidamente atendidas.
O roteiro de Dave Eggers e Vendela Vida é interessante,toca de forma delicada,bem humorada e bastante ampla sobre todas as opções de "tipos de pais" que Burt e Verona podem ser.
A direção de Sam Mendes acompanha perfeitamente a simplicidade que o roteiro possui,nos fazendo ficar cada vez mais interessados com o futuro de Burt e Verona.

Sam Mendes novamente não decepciona,com mais um ótimo trabalho na direção,Sam se firma ainda mais como um dos melhores diretores da atualidade,neste Por Uma Vida Melhor,Sam se mostra ainda mais versátil,conduzindo um filme de tema mais light que os anteriores e também é mérito de Sam que o filme nunca caia no tédio e nem perder sua força em seu decorrer.
Tecnicamente tudo nele é muito simples,mas muitíssimo eficiente,A trilha sonora deAlexi Murdoch é interessante e certeira e a fotografia de Ellen Kuras é belíssima.
Em todos os filmes de Sam Mendes,seus personagens são tratados de forma incrível e respeitosa pela maioria deles serem personagens que podemos muito bem conhecer,como também podemos ser algum daqueles personagens e com Por Uma Vida Melhor não foi diferente.

Allison Janney está divertidíssima,Maggie Gylenhaal em mais uma performance irretocável,Josh Hamilton também aparece perfeito em seu personagem,mas infelizmente é ofuscado por tamanho brilhantismo de Gylenhaal.Melanie Lynskey está linda em seu triste personagem,mas Chris Messina é quem dá um show de atuação em somente uma cena (uma das melhores cenas do filme).
John Krasinski e Maya Rudolph tem as melhores atuações de suas carreiras,Krasinski ainda podendo utilizar sua veia cômica,mas facilmente emociona quando é preciso e Rudolph dá uma show particular,carregando um papel que equilibra a delicadeza e a forte tristeza pela morte da mãe,ambas atuações que nos conquistam facilmente pela verdade que os atores nos passa.

Por fim Sam Mendes novamente dá um pequeno show na direção e dirigindo os atores dando o devido espaço que todos necessitavam pra fazer suas ótimas atuações e Por Uma Vida Melhor nos conquista pela beleza e simplicidade de sua mensagem.

Nota:10/10

Por Uma Vida Melhor (Away We Go,2009)
Diretor:Sam Mendes
Roteiro:Dave Eggers & Vendela Vida
Elenco:John Krasinski,Maya Rudolph,Carmen Ejogo,Catherine O´Hara,Jeff Bridges,Allison Janney,Jim Gaffigan,Maggie Gylenhaal,Josh Hamilton,Chris Messina,Melanie Lynskey,Paul Schneider