O Enigma de Pont-Neuf

Posted: 12 de jul. de 2012 by leo in
14

Como foi explicada no post anterior,postarei separadamente filmes e discos,Junho para os filmes foi particularmente extraordinário,onde um dos mais fracos ainda assim é um bom passatempo.Uma Vida Melhor dirigido por Chris Weitz não é dos melhores,mas longe daqueles que ofendem,a trilha sonora é impecável e a atuação (justamente) indicada ao Oscar de Démian Bichir é extraordinária,onde mesmo nos momentos mais fortes do personagem Bichir transparece vulnerabilidade numa facilidade ímpar,o grande defeito é a edição que prejudica qualquer nuance da direção de Weitz.Caterpillar é um filme que nos mostra a história de um "Deus da Guerra" que voltou completamente desfigurado (rosto,sem braços e pernas,somente tronco) como consequência da 2°Guerra Mundial e a única pessoa que existe pra tomar conta dele é sua esposa,um filme pesado e difícil e absurdamente necessário,em certo momento do filme o personagem de Keigo Kasuya (muito bem pra situação em que atua) sofre através da esposa todos os danos em que ele fez pra "humanidade" numa espécie de carma,em cenas cruas e bem filmadas,a atuação premiada em Berlim de Shinobu Terajima é espetacular que certamente merecia um reconhecimento muito maior.Em L´Apollonide - Os Amores na Casa de Tolerância,Bertrand Bonello dirige (ou testemunha,como preferir) com sensibilidade e perfeição os últimos dia de um famoso prostíbulo em Paris do final do século XIX,altamente feminista e com um cenário e fotografia sufocante e irretocável,a química do elenco é belíssima,onde cada uma das atrizes possuem seus grandes momentos de sutileza,destacam-se Céline Sallette e Alice Barnole (que possui uma das personagens mais marcantes do ano),mesmo que seja um tanto maçante,vale muitíssimo a pena.
Em 2006 foi lançado em circuito nacional o filme O Céu de Suely dirigido por Karim Ainöuz e somente agora resolvi assistir esse que é um dos filmes brasileiros mais bonitos já feitos,uma direção e um roteiro que esbanjam da sutilidade,com um tema forte que em momento algum se torna forçado ou gratuito,apenas necessário,Zezita Matos tem uma atuação impecável,mas Hermila Guedes impressiona,numa sinceridade única,sem momento algum exagerar,Hermila encorpora a personagem e entrega uma atuação perfeita,extremamente perfeita.
O Enigma de Kaspar Hauser de 1974 e dirigido com precisão por Werner Herzog é o tipo de filme que nos mostra através de um personagem  o quão podre que pode ser a humanidade,o que mais chama atenção é o fato de alguém com visíveis problemas mentais pode levantar questões tão intrigantes e mostra o quão triste e manipuladora pode ser o desenvolvimento de uma pessoa se esta for posta em mãos erradas,típico filme que todos,sem exceção alguma,deve assistir.
E por fim e mais importante,Os Amantes de Pont-Neuf,o primeiro filme dirigido por Leos Carax,o qual fui obrigado a assistir e estava apenas perdendo um dos filmes mais bem feitos e bem dirigidos de todos os tempos,a típica história de amor onde o amor é tanto que beira a loucura,onde o Complexo de Édipo se faz presente a cada momento que Michele não está,Alex enlouquece,é a história de amor das mais particulares já vista,a direção de Carax é nada menos que genial,particularmente na cena do balé desenfreado pela ponte,que onde nasce todo o encanto de ambos os amores,as atuações são extraordinárias,Denis Lavant é de uma visceralidade tremenda e Juliette Binoche faz uma de suas melhores atuações nesse extraordinário épico romântico,com um dos finais mais esquisitamente belos.


5 Momentos
  1. O Balé em Pont-Neuf (Os Amantes de Pont-Neuf)
  2. Lágrimas (L´Apollonide - Os Amores na Casa de Tolerância)
  3. Hermila elogia a janta de Zezita (O Céu de Suely)
  4. A Apresentação de Kaspar Hauser (O Enigma de Kaspar Hauser)
  5. Shigeko olha o marido (Caterpillar)

A Beterraba - Momentos do Cinema

Posted: 5 de jul. de 2012 by leo in
1

Acompanho o blog Through the Frames a um bom tempo e há algumas semanas,@_Ana_C criou uma série de posts entitulado Antologia TTF e pensei,porque não fazer igual?E cá estou eu,decidi me desafiar e cumprir a tarefa (quase impossível) de escolher não as melhores,mas aquelas que mais me marcaram e que pude presenciar,repetindo,são cenas de gosto pessoal,se acha que tem algo errado nelas,eu num posso fazer absolutamente nada,e eu não preciso nem avisar que após o pulo tá lotado de Spoiler né.

What We Heard from June

Posted: 2 de jul. de 2012 by leo in
1


Como é perceptível,possuo um problema sério de manter modelos de posts e aquele do post abaixo acaba de ser abandonado,continuarei comentando o que foi conferido nos meses,só que de forma diferenciada,mais individual a cada tipo de material e como o título deixa claro,o que eu ouvi em Junho.Fui do bom,passei pelo mediano,alcancei o extraordinário e consegui chegar no muito ruim,serei mais específico.Começando por Johnny Keyser,saído da 11° temporada de American Idol,resolvi baixar o seu EP por ter curtido demais sua voz e como a maioria dos participantes saídos de realities musicais,não rende,o negócio é fraco,as letras sem graça e desinteressante,mas o seu cover de A Change is Gonna Come (cantado em sua audição) é extraordinário,dos melhores que ouvi no ano,se quer ver um Johnny Keyser legal,assista a temporada.Continuando no limbo,tivemos o Born and Raised de John Mayer,dos mais desinteressantes e sem graça do ano,se era compreensível as letras de Keyser ser sem graça pela inexperiência,pra Mayer é algo meio imperdoável após 4 discos anteriores,tipo de disco onde até a mais suportável If I Ever Get Around to Living é ruim,desaconselho.Após 2 anos de diferença com o seu último (e ótimo) Do You Want the Truth or Something Beautiful? Paloma Faith volta com Fall to Grace,exceto pela parte da graça,insosso e esquecível,mesmo com um bom material em mãos (já que evidentemente a mulher tava ferida),mas não é completamente dispensável Picking Up the Pieces faz bem a parte de abrir um disco empolgando,Let Me Down Easy é gostoso de se ouvir e Freedom parece saído de seu primeiro disco,mas três músicas não são suficiente pra agradar completamente um fã.Ainda sobre os sem brilho,temos Chromatics com o seu Kill for Love,como disse Igor (@urogi) no twitter,a atmosfera criada em torno do disco é maravilhosa,faz viajar de uma forma saudável,mas o disco peca nas letras,aliás,peca feio,mesmo que a faixa que entitule o álbum seja incrível (e seja a 2°) e é justo nos números que mora o maior pecado de Chromatics,porque se nem Paul McCartney (Kisses from the Bottom) e Kaiser Chiefs (The Future is Medieval) conseguiram manter um disco interessante com mais de 13 faixas,não iria ser o Chromatics que conseguiria.Fugindo um pouco da parte chata,temos Ladyhawke com o interessante Anxiety,interessante e empolga,tem boas letras (Sunday Drive,Anxiety) e bons ritmos (Cellophane,a melhor do disco),só que como muitos,perde a força no meio do caminho.Em Junho conferi dois discos que eu esperava bastante,mas decepcionaram,o primeiro deles foi o A Joyful Noise do Gossip (o 1° que ouvi da banda,fui atrás dos outros) e sim,esse é o mais fraco,não há nada de muito interessante,Beth Ditto continua com vocais impecáveis,a faixa que se destaca é Casualties of War (aliás,candidata a entrar no top 20 do ano).E a segunda decepção foi Magic Hour do Scissos Sisters,tá tudo ali,a irreverência de Shears e Matronic,mas além de irreverência é preciso empolgação,tudo que se ouve em Magic Hour,você certamente já ouviu em outro disco ou música da banda,mas nunca ignorar,Keep Your Shoes On,The Secret Life of Letters (melhor do disco e claro,com dedinho lindo de Joan Wasser) e a incrível Let´s Have a Kiki,tipo de música que toda balada GLS precisa pra sobreviver.
Mas não só de desgraças e decepções que vivi em Junho,porque quando se trata de ouro maciço temos,e muito.Começando com o Not Your Kind of People do Garbage,sinceramente,foi o meu primeiro disco da banda que tá na ativa desde 1995 e de 95 pra cá são 18 anos e disco é de uma vitalidade de banda no auge do sucesso,as letras passeiam no provocativo ao balada,sem vacilar em momento algum,os vocais de Shirley Manson são incríveis e pra não ter que recomendar individualmente faixa por faixa,o ouça todo.Jack White,o maior workholic do mundo música volta (e ele foi pra algum lugar?) só que agora só e com toda sua genialidade armazenada no impecável Blunderbuss,é um disco fácil,daqueles que passa rápido e quando acaba se diz "mas já acabou,vou ouvir de novo",Missing Pieces e Hypocritical Kisses são absurdas,só que nada bate Love Interruption,de repente,minha preferida das criações de Jack White.Agora,quem realmente volta é o Metric com Synthetica e não sei como foram capazes,mas sim,conseguiram fazer o seu melhor trabalho mesmo que tenham o também impecável Old World Underground,Where Are You Now? em seu currículo,em Synthetica,momento algum é desperdício,é um êxtase constante e cada faixa uma surpresa ótima,Youth Without Youth e Lost Kitten são Beyond Words de tão maravilhosas,só que The Wanderlust é viciante,viciante ao extremo,daquelas que se ouve todos os dias,por favor,se não ouviram,corram atrás.E pra terminar,chegamos ao ápice do mês,What We Saw from the Cheap Seats da magnífica Regina Spektor,outra que também não consigo entender como foi capaz de fazer o seu melhor mesmo com o maravilhoso Far,as canções são absurdamente lindas e se Spektor peca em alguma faixa,na seguinte ela recupera com facilidade e nos faz esquecer o erro e ainda conseguir ouvir a tal faixa errada como se fosse a última maravilha do mundo,Spektor delira na cultura italiana (Oh,Marcello),grita sobre a ditadura empresarial que grandes empresas postam a seus funcionários (All the Rowboats),canta o quanto nojenta é a política atual (Ballad of a Politician) e dá uma aula de como ser muito linda (The Party),What We Saw... é dos melhores do ano.


Playlist de Junho
  1. The Wanderlust - Metric
  2. The Party - Regina Spektor
  3. Love Interruption - Jack White
  4. Not Your Kind of People - Garbage
  5. Casualties of War - Gossip
  6. Let´s Have a Kiki - Scissor Sisters
  7. Kill for Love - Chromatics
  8. Picking Up the Pieces - Paloma Faith
  9. All the Rowboats - Regina Spektor
  10. Celophane - Ladyhawke
  11. Lost Kitten - Metric
  12. Automatic Systhematic Habit - Garbage
  13. Missing Pieces - Jack White
Bonus
Jumanji - Azealia Banks

Maio

Posted: 31 de mai. de 2012 by leo in
1

Filmes


O mês de Maio começou com as duas pendências do mês de Abril,o primeiro deles foi o vencedor do Urso de Ouro de 2010,Um Doce Olhar de Semir Kaplanoglu,filme que te dá impressão de um primeiro ato que não funciona bem,mas muito pelo contrário,mostra todas as afeição que um pai pode ter um por um filho e vice e versa,já o segundo ato é desolador,forte numa sutileza linda,composta por um fotografia extraordinária (que funciona melhor no primeiro ato),mas é no segundo ato que possui as cenas mais significativas,direção ótima e uma atuação Tülin Ozën.A segunda pendência foi o multindicado ao Oscar A Invenção de Hugo Cabret,que ficou conhecido como o infantil de Martin Scorsese,nisso o incrível não decepciona,o que falta é na história,que é absurdamente desinteressante quando não se trata do ótimo plot de George Méliès,fora isso,não serviu pra nada,somente pra ser algo deslumbrante a ser estéticamente assistido,Asa Butterfield é ótimo,mas Helen McCrory e principalmente o extraordinário Ben Kingsley chamam atenção,Hugo se trata de um passatempo demorado que pode encher o saco.Finalmente assisti a dois extremamente recomendados,o primeiro deles foi o extremamente pesado Fome,a primeira parceria de Steve McQueen com Michael Fassbender,como disse é absurdamente difícil de se assistir,o mais forte não está nas cenas mais explícitas e sim nas mais aparentemente inofensivas,as cenas finais não são pra qualquer um,o plano da conversa entre Bobby e o Reverendo Dominic é uma aula de como ser fazer bonito,duas atuações destruidoras Liam Cunningham não deixa se abater pela grandiosidade absurda de Fassbender (repito,enfatizo e pressiono Caps Lock ABSURDA),a direção de McQueen é intimista,não se mete e deixa que o poder das cenas mostrem o quão urgente é o assunto tratado,simplesmente maravilhoso,filme que todos merecem assistir,mas bom ir preparado.Eu,Também de Antonio Naharro e Álvaro Pastor,é tão eficiente quanto Fome,na mensagem que pretende passar,pena que somente aí é eficiente,um filme que não possui grandes atrativos,algumas cenas excepcionais,o seu maior erro definitivamente é se prolongar,Lola Dueñas e Pablo Pineda são ótimos,mas concerteza funciona somente juntos,bom,mas podia ser melhor.O Homem que Mudou o Jogo é um dos meus preferidos entre os indicados ao Oscar,a direção de Bennett Miller é boa,mas não tanto quanto seu último (o maravilhoso Capote),o grande poder do filme tá no roteiro do sempre excelente Aaron Sorkin e Steven Zaillian e na atuação poderosa de Brad Pitt,que se mostra cada vez melhor em suas escolhas,o defeito tá na rapidez em que os fatos se tomam,e sobre o tão comentado Jonah Hill,bom,mas prefiro Phillip Seymour Hoffman.E pra terminar o mês,o francês Tomboy com Céline Schiamma na direção de um drama sútil e de uma eficiência impressionante,indo sem clichês ou rodeios na descoberta de uma pré adolescência desde então complicada,o silêncio das cenas mais importantes é incômodo e perfeito pra sensação de vazio que a personagem procura passar,não somente Zoe Héran é ótima,assim como todo o seu elenco,impossível assistir sem um sorriso ao seu fim.

5 Cenas
  1. A Conversa de Bobby Sands com Reverendo Dominic (Fome)
  2. Jogo das Luzes na Cozinha (Um Doce Olhar)
  3. Lisa vê Michael (Tomboy)
  4. Daniel olha Laura nos olhos (Eu,Também)
  5. George Mèliés assiste aos seus filmes (A Invenção de Hugo Cabret)

Séries

Enquanto Abril foi um mês pra diversas estréias,Maio foi o mês pra consolidação dessas estréias e todas elas cumpriram perfeitamente os seus papeis.Em Game of Thrones,a briga por Westeros é cada vez mais brutal,por um lado Theon toma Winterfell,mas seus parentes o mostram quanto o mesmo é incapaz de tomar um lugar de tamanha importância,Robb prepara seu exército pra invadir King´s Landing que já fora invadida por Stannis,Tyrion tem que proteger King´s Landing de seus inimigos já que seu sobrinho Joffrey não tem a mínima capacidade de liderar um povo que o odeia e logo ali em Qarth,Daenerys se vê completamente sem saída mas reluta pra ter seus filhotes de volta,enfim,em volto a tudo isso somos testemunhas de aulas de direção,atuação,roteiro,produção,a qualidade de Game of Thrones é crescente.Mad Men é outra,que se continuar nesse ritmo consegue ainda superar suas outras temporadas que não foram nada menos que geniais,Sterling Cooper Draper Pryce,finalmente conseguem a Jaguar,com uma ajuda muito específica de Joan,Pete e Roger sofrem de crises existenciais que dão espaço pra Vincent Kartheiser e John Slattery  fazerem o que bem entendem,enquanto Peggy simplesmente não aguenta mais,não se sabe o que,descaso,se sentir excluída,ou ver que seu lugar está sendo tomado por alguém "melhor",Mad Men chegou a um nível inexplicável,se torna uma série tão complicada de se comentar quanto Breaking Bad ou The Wire,mas uma coisa é fácil se dizer,Christina Hendricks é o nome da temporada.Já nos dias de hoje,conhecemos o passado e como Olivia Pope começou a se envolver com o Presidente Grant,após o magnífico 4° episódio,Scandal não perdeu mais o ritmo,chegou ao ponto de nem a afetação de Kerry Washington e nem os sermões de todos os personagens incomodam e deixou um cliffhanger pequeno,mas intrigante,saiu a temporada com o pé direito.Já nos Subúrbios do Texas,Lacey descobre que Riley é uma massagista com trabalhos extras,Linette descobre que seu pretendente só pretende roubar o seu dinheiro e fugir para São Paulo(!),The Rub e suas meninas são ameaçadas por um policial e Selena ameaça cada vez mais o segredo de Riley,em The Client List,tudo continua mal escrito e maravilhoso.Já em termos de comédia,todas foram impecáveis,Girls melhora,vai se afastando das afetações e tornando tudo mais sútil,deixando que as cenas tomem conta do cenário,Marnie e principalmente Hannah cada vez mais interessante,enquanto Shoshanna e principalmente Jessa cada vez menos e Adam cada vez mais grotesco.Veep é cada vez mais impressionante,o conjunto da obra ali é todo perfeito,os roteiros,as direções e principalmente o elenco,que elenco,Julia Louis Dreyfuss encabeça tamanha genialidade,Nicknames é o melhor episódio do ano em termo de comédia (não vi muitas,então),especificamente,a cena em que os apelidos são apresentados a Selina,o mínimo que se pode fazer é chorar,extraordinária.Don´t Trust the Bitch in Apartment 23 é uma grata surpresa,a qualidade ao invés de ser constante,ela se elevou,um belo trabalho onde tudo funciona bem,principalmente roteiro e o elenco que antes era bom,agora pode se dizer brilhante,a química entre Krysten Ritter,Dreama Walker e James Van Der Beek (impagável) é impressionante,a prova de tamanha qualidade é a season finale e o magnífico,The Wedding.A maratona de Maio,foi a 2° temporada de The Big C,começou devagar,depois tomou força com a adição de Lee,mas por envolto do 9° episódio a força foi se perdendo,pra ser mais específico após o aborto sofrido por Rebecca,tudo meio que se perdeu,e metade dos personagens pareciam insuportáveis,mas a parte boa que a série se recuperou em seus dois episódios finais e mais uma season finale belíssima,não de fazer chorar,mas bela,e já disse mas é sempre válido ressaltar,Laura Linney é brilhante.

10 Atuações
 
  1. Christina Hendricks por Mad Men em Christmas Waltz
  2. Nikolaj Coster-Waldau por Game of Thrones em A Man Without Honor
  3. Julia Louis Dreyfuss por Veep em Nicknames
  4. Elisabeth Moss por Mad Men em The Other Woman
  5. Lena Headey por Game of Thrones em Blackwater
  6. Peter Dinklage por Game of Thrones em Blackwater
  7. Laura Linney por The Big C em The Darkest Day
  8. Lena Dunham por Girls em Hard Being Easy
  9. Vincent Kartheiser por Mad Men em Lady Lazarus
  10. Cynthia Nixon por The Big C em A Little Death

Música

Após passado o êxtase pelos novos de Marina and the Diamonds e principalmente de Miike Snow,chegamos a Maio com novas e ótimas,de início ouvi Aja do The Darcys,bom,nada fora do normal,tem as ótimas Deacon Blues e Home at Last,um passatempo válido.Resisti ao novo do Sigúr Ros,Valtari,a sensação é a mesma de comer algo gostoso que não faz ideia de olhos vendados,não sabe do que se trata,mas tá bom,muito bom,destaco Ekki Múkk que como falei,não sei o que é,mas é maravilhoso.Temos o prazeroso Hoodie Allen com seu EP All American,que obviamente é uma homenagem válida ao seu país de origem,Hoodie canta o porque dos Estados Unidos ser conhecido como o país das oportunidades,todas muito boas,mas High Again,Eighteen Cool,Top of the World e No Faith in Brooklyn (o Não Existe Amor em SP deles) captam perfeitamente a ideia que Hoodie quer passar.Santigold foi extremamente elogiada pelo seu novo trabalho Master of My Make-Believe,nas três primeiras faixas eu queria descobrir o porque de tantos amores,após elas,é fácil compreender,a batida é contagiante e as letras são maravilhosas,Big Mouth é incrível,mas The Riot´s Gone é uma das melhores conferidas do mês,definitivamente vale a pena.Anathema assim como Hoodie Allen fez algo temático com seu Weather System (e bem auto explicativo) as letras são extraordinárias,mas se permanecesse com a ideia de uma faixa ser continuação de outra,o disco poderia ser facilmente um dos melhores do ano,ouçam desesperadamente The Gathering of the Clouds e The Lost Child.Fibes,Oh Fibes! vem com o Album,contagiante é a melhor palavra pra descrever,nada que incomode muito,só vai perdendo a força com o decorrer das músicas Goord For My Soul é absurdamente linda.A irreverência de Gaby Amarantos com Treme é o que faltava pra música nacional,tudo muito bem feito mesmo sendo um tipo de música entitulado como Brega,pode se dizer um Brega de respeito,todas contagiantes,fáceis e grudentas,Xirley e a exausta Ex Mai Love são magníficas,mas Mestiça,essa sim é incrível,com toda força,uma música forte,definitiva,apontando que o negócio veio pra ficar,e se é pra ficar que fique com essa qualidade.Muitos viraram a cara pra Little Broken Hearts,o novo da linda Norah Jones,sinceramente não entendo,pois é superior ao seu anterior,enfim,a mulher continua sem errar,Happy Pills sé fácil,bem interpretada,bem produzida e bem escrita,definitivamente pra se prestar atenção,mas foi She´s 22 que me conquistou,forte e altamente triste.E pra terminar Rufus Wainwright fez o melhor que eu ouvi no mês,Out of the Game é sensacional,nada tá fora do lugar,redondinho e todo bom,produção,interpretações e letras em nível alto de beleza,por favor,ouça.

5 Músicas

Abril

Posted: 28 de abr. de 2012 by leo in Marcadores: , ,
3

Filmes

No início de Abril,assisti a Tão Forte e Tão Perto de Stephen Daldry.Este foi mais um dos filmes de Daldry indicados ao Oscar,a diferença é que esse aqui foi uma escolha completamente inexplicável e é incompreensível o amor que a academia possui pelo diretor irregular.Aqui a direção é melhor que em O Leitor,mas o filme consegue ser inferior,não atinge e nos cativa em poucos momentos,a edição é ótima e a trilha sonora bem feita,mas o roteiro é desinteressante e a forma em que Daldry filme as diversas reviravoltas e visitas aos Black não é chamativo,a direção toma força quando se foca principalmente ao ótimo elenco,Thomas Horn ótimo,num personagem que ultrapassa o limite do insuportável,Max Von Sydow é extraordinário e certeiro,cativando com pouquíssimo tempo em cena e Sandra Bullock numa atuação que realmente merecia prêmios,muitíssimo bem,vale ressaltar a boa participação de Viola Davis que não decepciona,já Tom Hanks,passa despercebido como nunca,um filme que somente assistindo é fato de que ficou melhor num livro.A Guerra Está Declarada foi o filme enviado pela França pra concorrer ao Oscar 2012 e até agora um dos meus favoritos do ano,a trilha sonora é extraordinária e a fotografia simples é cativante,o primeiro ato do filme é absurdamente perfeito,frenético,não nos deixa respirar por um segundo e chegamos no ápice do filme ao seu fim,a partir daí o ritmo se diminui,mas a magia do filme continua lá,Valerie Donzelli está ótima em cena,mas Jérémie Elkain é fantástico,simples e verdadeiro,interessantemente,o filme possui uma alta quantidade de referências pop que me agrada,um filme que dá uma sensação de que o mundo é lindo após assistí-lo.Aleksei Fedorchenko dirigiu Almas em Silêncio,que mostra um ritual local de velamento de suas esposas,um filme com intenções interessantes,mas que provavelmente funcionou muito melhor para as pessoas que vivem em tal lugar,desinteressante,sonolento e arrastado,onde só a fotografia (merecidamente premiada em Veneza) chama atenção,mas muito válido destacar os momentos finais,o que parece o único momento lúcido de todo o filme.O Espião Que Sabia Demais dirigido por Tomas Alfredson é minimalista,complicado e bem feito,os diálogos são incrivelmente bem escritos,a trama é envolvente,mesmo que seja desenvolvido de forma lenta,a fotografia é sensacional,mas o grande ganho do filme é o elenco.Gary Oldman está maravilhoso,nos ganha com o charme único e o minimalismo impressionante,entre os coadjuvantes é complicado escolher o melhor,sendo que Colin Firth,Benedict Cumberbatch,Mark Strong,Toby Jones,David Dencik e Tom Hardy cada um com momentos extraordinários,um filme excepcional.E pra terminar finalmente assisti a O Poderoso Chefão 2,eu já tinha achado o 1° extraordinário,esse consegue ser ainda melhor,mais completo,com uma trama ainda mais complexa e interessante,chover no molhado dizer que o filme é uma obra prima,mas destacando o que mais me chamou atenção,além do roteiro milimetricamente perfeito e a direção incrível de Francis Ford Coppola (que sobressaia ainda mais quando se tratava de Vito Corleone),a fotografia é magnífica e a trilha sonora intrigante,mas como costuma ser o que mais me chamou atenção aqui é o elenco,onde todos os atores possuem seus momentos de genialidade,Robert DeNiro numa personificação perfeita de Don Vito Corleone,Michael V.Gazzo explosivo na medida certa e John Cazale é o cara perfeito pra transparecer vulnerabilidade,Talia Shire com poucas cenas mas certeiras nas que possui e Diane Keaton é sempre um deslumbre,sempre e finalmente consegui encontrar minha atuação preferida de Al Pacino,sensacional,uma obra de arte.

5 cenas
  1. "I knew it was you Fredo,i knew,you broke my heart" (O Poderoso Chefão 2)
  2. Sequência da discoberta da doença (A Guerra Está Declarada)
  3. "It´s about which master you´ve been serving,Toby" (O Espião Que Sabia Demais)
  4. "You WON´T TAKE MY CHILDREN!" (O Poderoso Chefão 2)
  5. O 1° encontro de Oskar com Abby Black (Tão Forte e Tão Perto)


Séries


Abril foi um mês bom,muito bom para as séries,no 1° dia do  mês estreou a 2° temporada de Game of Thrones,série merecidamente hypada e que obteve uma continuação satisfatória com o fim de sua 1° temporada que funcionou perfeitamente mesmo dando a impressão de introdução para a real trama,nela temos uma cambada de gente querendo ser rei e em meio a isso temos Tyrion Lannister servindo de Mão do Rei (no caso,o abominável Joffrey),e em sua função Tyrion é mil vezes mais eficiente que Eddard Stark por ter toda a segurança necessária pro cargo,coisa que o antigo não possuia,fomos introduzidos a diversos personagens,até agora os mais interessantes são eles as intrigantes Melisandre e Margaery Tyrell,ambas parecem servir como as verdadeiras mandantes de seus supostos reis,a série possui diversas tramas onde necessitava de um texto unicamente para a série e essa não é a intenção,pode-se adiantar que se a temporada continuar nesse ritmo,será ainda superior a sua primeira.Se a premiere dupla de Mad Men foi extraordinária,todos os episódios que o sucederam conseguiram ser facilmente superiores,mesmo quando parece não se ter pra onde,todos os personagens são levados aos extremos,com roteiros magníficos e diálogos de arrepiar,direção dos episódios são maravilhosos (destaco aqui Mystery Date e Far Away Places),até onde estamos,parece que a temporada pertence a Christina Hendricks que já possui material suficiente pra vencer um Emmy,novamente enfatizo,como Mad Men mesmo em sua 5° temporada parece manter sua vitalidade.Ainda aos domingos,estreou The Client List,a melhor série bagaceira até agora,a trama central é interessante,mas desenvolvida de forma desleixada,mas como um todo,tudo funciona perfeitamente bem,ao chegar em Tough Love,tudo fica ainda mais interessante e mais difícil de largar,Jennifer Love Hewitt é uma atriz interessante,me impressiono com a variedade do ótimo com o péssimo que a atriz consegue equilibrar,uma série ruim e se torna boa por divertir e por ser absurda.E por último,entre as estreias,tivemos Scandal,nova série de Shonda Rhimes,que se trata da ex-assistente do Presidente dos Estados Unidos,Olivia Pope e sua "firma",um premissa interessantíssima,onde até o seu 3° episódio,a trama central funcionava perfeitamente e os procedurais não tanto,outro ponto negativo da série é a perfeição chata da protagonista,onde nem Kerry Washington conseguia ajudar a melhorar a situação,mas o 4° episódio da temporada,aparece como o melhor episódio do mês.frenético e maravilhoso,até o seu fim.E teve Magic City que não valeu a pena ter perdido três episódios.Entre as comédias do mês,tivemos as estreias de Don´t Trust the Bitch in Apartment 23,divertida e a dupla de protagonistas (Krysten Ritter e Dreama Walker) são ótimas e a piada constante que é James Van Der Beek funciona muito bem,na HBO tivemos a estreia de Girls,criada,roteirizada,dirigida e atuada por Lena Dunham que retrata muito bem a sensação de vazio que mulheres solteiras em torno dos 20 anos possuem numa metrópole,a série é bem escrita,bem atuada e bem conduzida,vale a pena conferir.Ainda na HBO estreou Veep,essa sim uma comédia que faz rir (no meu caso,rir muito),sobre a Vice Presidente dos Estados Unidos Selina Meyer,brilhantemente interpretada pela genial Julia Louis Dreyfuss,ainda no elenco temos Anna Chlumsky,Reid Scott e Tony Hale,todos incríveis em seus personagens.E a maratona do mês foi dá também comédia da HBO,Enlightened,criada por Mike White e protagonizada por Laura Dern,uma mulher que entre em crise nervosa após descobrir que foi suspensa de seu setor,a atriz tem uma atuação impecável até o fim,Dern nos faz sentir compaixão,vergonha e raiva de Amy Jellicoe,ainda temos os ótimos em cena Diane Ladd (maravilhosa em Consider Helen),Luke Wilson e Mike White,série extremamente recomendada.
10 Atuações
  1. Christina Hendricks em Mad Men por Mystery Date
  2. Patrick Malahide em Game of Thrones por The Night Lands
  3. Luke Wilson em Enlightened por The Weekend
  4. Julia Louis Dreyfuss em Veep por Fundraiser
  5. Jon Hamm em Mad Men por Mystery Date
  6. Peter Dinklage em Game of Thrones por What Is Dead May Never Dies
  7. Jack Gleeson em Game of Thrones por The North Remembers
  8. Jared Harris em Mad Men por Signal 30
  9. Elisabeth Moss em Mad Men por Far Away Places
  10. Peyton List em Mad Men por Far Away Places

Música


Comecei o mês de Abril ouvindo Scars and Stories do The Fray e to querendo desesperadamente o meu tempo perdido de volta,ainda mais desinteressante que Paralytical Stalks e Everything Change,por ter aquela sensação eterna de Deja Vu.All of Me da Estelle já melhorou completamente a situação,não há nada de novidade no disco,mas a sensação de vir algo novo da cantora já é um avanço,destaco aqui  a ótima The Life e a incrível Do My Thing,que tem participação de Janelle Monáe.Pela primeira vez ouvi um disco da até então desconhecida por mim Rosie Thomas,ao ouvir pela primeira vez a achei extraordinária,mas após ouvir With Love de uma vez,a cantora perdeu o impacto,mas há músicas incríveis como Two Worlds Collide,Back to Being Friends e principalmente a linda Sometimes Love.Até então,as coisas não iam bem pra música no mês de Abril e foi quando peguei pra ouvir Tramp da Sharon Van Etten,cantando o desespero,a cantora se sobressai como um dos melhores discos de 2012 até agora,Warsaw,Serpents,Leonard,All I Can e Joke or Lie sao impecáveis,mas não Give Out e principalmente a desesperadora I´m Wrong aparecem como candidatas fortes como melhores músicas do ano.Pra graça da humanidade,Madonna largou de seus parceiros rappers e ajudou a produzir o ótimo MDNA,Falling Free possui uma letra marcante e Masterpiece uma batida,já Gang Bang e Turn Up the Radio é todo um conjunto que dá extremamente certo,vale muito a conferida.Miike Snow é um cantor que dispensa comentários,a única coisa que se deve fazer sobre é ouvir,o que me faz admirá-lo ainda mais é que ele escreve e produz todas as suas músicas,com isso,temos obras extraordinárias como The Wave,Devil´s Work,Archipelago,Paddling Out e Black Tin Box que tem participação da lindíssima Lykke Li,mas em Happy To You nada supera Vase,empolgante de forma minimalista.E pra fim,temos a volta do nome do pop que devia ser muito mais valorizado,Marina and the Diamonds vem com respeito com seu novo trabalho Electra Heart,não deixa devendo nada seu excepcional The Family Jewels,o início é empolgante até dizer chega,pelo meio se torna cansativo por ter duas músicas meio inusitadas e o fim volta a ficar genial,terminando de forma brilhante com a linda Fear and Loathing,atentem a Teen Idle,Lies e Homewrecker e por favor,toquem Primadonna em suas festas.

5 Músicas