Howard Beale é um aclamado âncora da rede de TV UBS.Depois do grande sucesso sua audiência despencou até se tornar inevitável sua demissão.Sabendo do iminente fim de carreira , Beale se despede do público dizendo que iria se matar.
Seu amigo e chefe , Max Schumacher tenta ajudar o lunático Howard , mas a sua loucura acaba sendo sucesso entre os telespectadores e repercute na imprensa , para delírio de Diana Christensen e Frank Hackett , os novos executivos do grupo mais interessado em audiência do que qualidade.
Pense num filme poderoso , pense num filme bem feito , pense num filme que trate de forma tão crítica e tão cruel que é a manipulação e a obscessão pela TV , desde dos telespectadores aos realizadores.
Começando pelo roteiro e a direção que trabalham numa sincronia invejável , e o aspecto que mais me agrada no roteiro de Paddy Chayefsky é a objetividade em que as decisões são tomadas e os diálogos longos e decisivos , que na maioria das vezes eram filmados em planos sombrios e dava espaço pra ator em questão arrasava.
E agora falando das partes técnicas do filme , a fotografia ,a Edição e até mesmo a Direção de arte dão um ar tão atual ao filme que teve horas que me perguntava se era realmente um filme de 1976.
Agora falo aqui o que mais me impressionou em todo o filme , primeiramente novamente devo dizer que Sidney Lumet é FODA , ele não só dirige seus filmes com uma firmeza e personalidade que chega a ser fácil reconhecer seus filmes , como também escolhe e dirige todos os seus atores como se fosse uma maestro regendo sua orquestra (Leandro filósofo de 6°) , começando pelo sempre explosivo e aspalhafatoso (positivamente) Peter Finch , que atuou como ninguém um puta lunático , e ainda temos três coadjuvantes que tem pequeno espaço em cena mas fazem totalmente justiça aos papéis cruciais a trama , são eles Ned Beatty , que manda super bem mesmo me incomodando bastante que justo na sua cena decisiva é filmada de bem longe (mas mesmo assim acho a cena ótima , nos mostrando de perto o receio que Howard tinha da demissão e vendo de que o futuro dele nada agradável tava por vim de forma berrante , como Ned faz na cena , ou seja a cena é uma grande metáfora do futuro crucial de Howard) , Beatrice Straight que em simplesmente uma cena ARRASA como uma mulher traída , expressa toda dor de forma perfeita , chega a dar vontade de abrasar e consolar a coroa , mas vencer Oscar por somente uma cena ?! Não sei , não assisti as outras indicadas , então não opino.
Mas na minha singela opinião William Holden , Faye Dunaway e Robert Duvall simplesmente reinam no filme.
Robert Duvall é poderoso , arrogante e babaca tudo ao mesmo tempo , numa sincronia perfeita.
William Holden é um dos grandes diferenciais de todo o filme , um dos poucos que usam mais da técnica do que da explosão , já que em mais trajeitos que ele reina durante todo o filme.
Mas pra mim Faye Dunaway é o grande nome do filme , Faye nos entrega uma vilã que tem o atributo para amar a personagem , a Diana de Dunaway num tem um traço sequer de caráter , definindo Faye está DIVINA EM CENA.
Por fim Rede de Intrigas é um dos melhores filmes que fala sobre todas as mutretas da televisão , um grande tapa na cara das grandes emissoras.
Ps:Devo dizer que entre tantas cenas espetaculares que o filme tem , nada mas nada mesmo supera a cena da conversa entre Max e Diana na hora da separação deles , é simplesmente a definição da vida de Diana.
Sinopse via Museu do Cinema
Nota:10/10
Rede de Intrigas (Network,1976)
Diretor:Sidney Lumet
Roteiro:Paddy Chayefsky
Elenco:Faye Dunaway,William Holden,Peter Finch,Robert Duvall,Ned Beatty,Beatrice Straight,Marlene Warfield
Um filme que poucos conhecem, mas marcante, oscars merecidos! bom ler ele por aqui.
Uma pena você não aparecer no meu espaço, nem linka lo por aqui...rs
abraço!